Presidente do Conselho Deliberativo nega pedido do FLA+ sobre acidente na Ilha do Urubu – Transparência em risco!

Como noticiamos ontem, o Fla+ solicitou ao presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo e pré-candidato à eleição presidencial do clube de 2018, Sr. RODRIGO DUNSHEE DE ABRANCHES, que outros documentos fossem requeridos junto à diretoria do Flamengo para uma melhor compreensão da matéria. Nossa intenção era conferir maior transparência ao debate que ocorrerá na reunião do dia 16/07, ocasião em que será lido o parecer da comissão de obras do conselho sobre a tragédia do desabamento dos refletores.

Dentre os documentos que solicitamos constava as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), documentos considerados indispensáveis para entendimento da matéria e apuração de eventuais responsabilidades sobre cada etapa da obra.

Também pedimos uma cópia da especificação técnica dos postes que foram adquiridos para verificar se foram repassadas para a empresa fornecedora de forma adequada e também conhecer o responsável que as elaborou.

Entretanto, o que mais nos deixou indignados foi que os documentos requeridos das quatro empresas prestadoras de serviços que trabalharam na obra, apenas a documentação de uma delas foi encaminhada para analise dos conselheiros. Qual o motivo de não disponibilizarem a documentação das outras?

O requerimento do Fla+ foi negado sob a alegação de que não há previsão estatutária que obrigue a diretoria do Flamengo a disponibilizar tais documentos.

Foi requerida a reconsideração desta decisão, tendo em vista que no entendimento do Fla+ não compete ao Presidente do Conselho a negativa do pleito, pois este foi eleito pelos conselheiros para representar os mesmos e não para “blindar” o Conselho Diretor.

O Fla+ considera que negar pedidos de informações que possam vir a esclarecer matéria de extrema relevância para o Flamengo não é atribuição do presidente do Conselho. Tal atitude é compreensível se fosse tomada pela atual diretoria do clube, que realiza seus atos e, que num regime democrático, precisa respeitar o princípio da transparência que deveria buscado por todos os poderes do Flamengo.

Embora nosso pedido tenha sido negado, o amor ao Flamengo nos impulsiona a buscar essas informações em tais documentos tanto junto aos órgãos públicos (CREA, etc.) quanto das empresas contratadas.

O Fla+ comparecerá na reunião do dia 16 com a esperança que alguma providência seja tomada e o prejuízo de milhões de reais não seja mais uma vez assumido pelo Flamengo.

DIREITOS DE SÓCIOS EM RISCO

O Fla+ protocolou junto à secretaria geral um requerimento para que seja promovida uma auditoria junto aos sistemas de cobrança das mensalidades dos sócios.

Entenda:

Inúmeros associados têm questionado que estão tendo dificuldades para se manter adimplentes junto ao Flamengo por falhas nos sistemas de cobrança da secretaria geral do próprio clube.

Dentre as reclamações, destacam-se as seguintes:

a) Boletos que não possibilitam o pagamento, com informações de inconsistência.
b) Cancelamento de ordem de debito em cartões de crédito de forma imotivada.
c) Ausência de emissão de boletos para cobrança.
d) Sócios com dificuldade em cadastrar seus cartões de credito junto à secretaria.

Além do prejuízo financeiro para o Flamengo com a não cobrança das mensalidades, os associados em questão se encontram em risco de não poderem exercer seus direitos associativos e serem “barrados” na entrada de nossa sede, o que poderia ensejar processos e prejuízos ainda maiores para o Flamengo.

Importante lembrar que o Flamengo se encontra as vésperas do período eleitoral e na forma do artigo 153 do Estatuto do Flamengo, os associados que não estiverem em dia com suas contribuições junto ao Flamengo, não exercerão direito ao voto.

Desta forma, inúmeros associados podem estar na iminência de serem excluídos do processo democrático do Flamengo o que ameaça a democracia Rubro-Negra, jamais maculada por escândalos.

O Fla+ sempre lutando pelo Flamengo.

Parecer sobre o desabamento dos refletores da Ilha do Urubu será votado

Na próxima segunda-feira, dia 16/07/18, será votado o parecer da comissão de obras sobre o desabamento dos refletores da Arena da Ilha do Urubu.

O FLA+ esteve em bloco na data de ontem (09/07/2018) para ler o parecer da comissão de obras e analisar todos os documentos disponíveis sobre o assunto. Nosso objetivo, como todo rubro-negros que amam o Flamengo, é saber a verdade sobre tudo o que aconteceu.

O grupo, além de estudar todo o material apresentado, solicitou que fosse disponibilizada documentação suplementar que considera imprescindível para que a verdade seja apurada e os responsáveis pelos prejuízos ao Flamengo sejam identificados, dentre eles:

1. Quem é o PREO – Profissional responsável pela obra da arena da ilha.
2. Quem assina as ARTs do empreendimento.
3. Cópia do pedido de compra dos postes e identificação de quem o fez.
4. Cálculos de dimensionamento de carga, forças exercidas, etc.
5. Contrato com a empresa que forneceu as torres e mapa de carga das torres fornecido pela mesma.
6. Contrato com a empresa responsável pelas fundações em que as torres foram fixadas.
7. Dados do processo que o Flamengo comunicou, em nota oficial, já ter movido contra os responsáveis para avaliação da tese jurídica e documentos que a corroborem.
8. Parecer do CoFi aprovando a obra pois o valor supera a alçada prevista no Estatuto.
9. Contrato e CNPJ de uma das empresas, que não foi disponibilizado.

Cumpre lembrar que o FLA+ foi o grupo que, além de ter requerido a convocação da comissão de obras para a investigação dos fatos ainda promoveu a sua própria investigação independente, não medindo esforços para apurar a verdade dos fatos analisado documentos, vistoriando o local, estudado as medições de venda e entrado em contato com os responsáveis pelas empresas que atuaram no empreendimento da ilha, colhendo inúmeras informações para que os procedimentos internos de responsabilização dos culpados sejam instruídos da melhor forma possível.

O Fla+ tem um compromisso com a defesa do patrimônio do Flamengo e não permitirá que nada seja varrido para baixo do tapete e asseguramos que nossa luta continuará contra os responsáveis pelos prejuízos ao Flamengo para que arquem com as consequências de seus atos irresponsáveis ao Flamengo.

Acima de Tudo Rubro Negro.

Requerimento do Fla+ sobre a ilha é acolhido. Diretoria prestará esclarecimentos amanhã.

O Fla+, reforçando seu compromisso com a transparência e respeito ao patrimônio do Flamengo, protocolou na data de ontem seu terceiro requerimento sobre a situação obscura do nosso estádio Ilha do Urubu.

O presidente do Conselho leu trechos desse requerimento na assembleia de ontem e integrantes do Fla+ fizeram uso da palavra para discorrer sobre o tema.

O objeto desta representação é exigir que antes de qualquer votação sobre um novo contrato para uso do Maracanã, que a Diretoria decida o que fazer do nosso estádio na Ilha do Urubu. Faz sentido debater um contrato de quase exclusividade com o Maracanã sem saber como ficará a situação do nosso estádio? Vamos jogar no lixo o investimento que o Flamengo realizou naquele estádio? Esperamos que a diretoria seja responsável com a gestão dos recursos investidos na Ilha do Urubu.

Os Vice-Presidentes presentes nesta reunião se manifestaram em conformidade com a filosofia do Fla+ e convocaram uma reunião da diretoria aberta a todos para esta quinta-feira, dia 24, as 19h, no salão nobre do Flamengo, em que promoverão esclarecimentos sobre os fatos ocorridos na ilha, os detalhes que estão sendo estudados para o contrato com o Maracanã e ainda os planos para um estádio do tamanho dos anseios da nação Rubro-Negra.

Compareça e ajude o Fla+ a cuidar do patrimônio do nosso Flamengo!

Oposição com responsabilidade – Aprovação do Balanço 2017

Ontem a oposição do Flamengo deu uma prova de que é possível ser oposição, sem ser rancorosa.

Após convocação do Fla+ para que os conselheiros comparecessem a segunda reunião para votação das contas de 2017, vez que na reunião de 26/04 as contas não foram aprovadas, o plenário do Conselho ficou abarrotado de conselheiros.

Rostos novos e conhecidos que a muito não compareciam ao conselho vieram ao Flamengo para analisar os pareceres, ouvir as explicações exigidas na última reunião e votar com tranquilidade as contas.

A diretoria iniciou sua fala respondendo as questões apresentadas pelo Fla+ e por outros conselheiros de forma transparente.

A distribuição e critério de estabelecimento dos bônus foram justificados, a alocação de “verbas carimbadas” não cumpridas em 2017 foi explicada (serão cumpridas em 2018 pois os recursos eram parcelados e só agora foram integralizados) e todos os pontos foram atacados.

Os conselheiros não ficaram satisfeitos com os critérios para os bônus conferidos a colaboradores e manifestaram sua indignação, contudo, uma vez que o estatuto do Flamengo estabelece a discricionariedade da diretoria em fixar as bases, não havia como reprovar as contas. Apenas protestar por melhores critérios para o próximo exercício.

Pendentes apenas dois pontos que foram destacados por membros do Fla+ em seus encaminhamentos de votação.

O primeiro, a necessidade de republicação do balanço para sanar erro em rubrica que informava pagamento a pessoa diversa da que realmente recebeu a remuneração. A diretoria, reconhecendo o equívoco do lançamento, assumiu a responsabilidade de publicar uma errata, o que foi acatado e a ressalva foi retirada.

O segundo foi o fato de os seguros não terem sido auditados. O representante da auditora independente requereu a palavra e informou que após a não aprovação das contas na reunião do dia 26/04, as apólices foram entregues pela diretoria, foi verificada a adequada cobertura das mesmas e os seguros agora estão auditados. Constada esta informação em ata, o conselheiro também retirou sua ressalva e o balanço seguiu para aprovação tão somente com a ressalva do Conselho fiscal que foi aprovada.

Ficou evidente o espirito de cooperação entre oposição e situação que se uniram no conselho para, além de cobrar maior transparência dos gastos do Flamengo, colaborou com a diretoria na confecção de um balanço mais seguro para o Flamengo.

Parabéns a diretoria, em especial ao diretor financeiro do Flamengo que atendeu a todos os pleitos da oposição e cumpriu seu papel de informar e dirimir as questões trazidas, finalmente atendendo a Transparência cobrada na última publicação do FLA+.

Ilha do Urubu: estádio ou aterro de dinheiro?

A diretoria do Flamengo anunciou que o custo das obras de adequação do antigo estádio Luso Brasileiro – rebatizado de Ilha do Urubu – seria de R$ 12 milhões.

Após a descoberta “surpreendente” de uma cratera que demonstrou que o solo não era adequado e que precisaria de reforço estrutural; e da necessidade de comprar 4 refletores de última hora, o custo subiu para cerca de R$ 20 milhões.

No balanço 2017, no único item que traz a rubrica “estádio”, há um aumento em relação a 2016 de R$ 22 milhões para inacreditáveis R$ 52 milhões, ou seja, R$ 30 milhões a mais que só se justificariam se fossem utilizados na Ilha ou se o Flamengo comprasse um avião.

Depois de tantos gastos, uma surpresa.

Segundo Reportagem do Globo Esporte, o Flamengo negocia um contrato de locação por 4 temporadas com o consórcio Maracanã.

Ou seja, no último ano de mandato do atual presidente e do atual governador (ambos que não poderão concorrer à reeleição) e com um novo cenário se desenhando para 2019, a diretoria pretende fechar negócio com aqueles que ela tanto disse querer retirar do comando do maior estádio do Brasil?

E como ficam os R$ 12 milhões (ou R$ 20 milhões, ou R$ 30 milhões, sabe-se lá quanto) que foi gasto na ilha? Vão para o ralo?

O Flamengo paga a conta e fica por isso mesmo?

E mais: a Ilha não seria uma “ferramenta de pressão” para arrendarmos o Maracanã? Então nós que cederemos à pressão? Vamos deixar o Flamengo ser desmoralizado desta forma?

NÃO! O Flamengo não pode mais aceitar esse tipo de incompetência, esse desgoverno e essa bravataria.

E para piorar, novas imagens da Arena mostram que, além dos postes caídos, o solo que já havia cedido durante as obras, cedeu em mais dois pontos.

Como está, não dá para ficar. Providências têm que ser tomadas.

O FLA+ protocolou duas representações junto ao conselho deliberativo nos dias 16/02/2018 (um dia após a queda das torres) e 14/04/2018 (um dia após o comunicado oficial da diretoria sobre o status da arena).

Veja nos links:

http://bloopix.com.br/flaplus18/fla-protocola-requerimento-sobre-a-queda-das-torres-de-iluminacao-da-ilha-do-urubu/
http://bloopix.com.br/flaplus18/arena-da-ilha-exigimos-providencias/

Até agora nenhuma providência foi tomada.

Até agora torcedores, sócios e conselheiros estão às escuras, sem saber o que está acontecendo. Isto é inaceitável!

O FLA+ exige transparência e providências com a urgência que o assunto demanda.

FLA+ protocola requerimento em busca de transparência

Honrando o seu compromisso na luta pela transparência nos atos de gestão da diretoria do Flamengo, o FLA+ protocolou, no dia 30/04, um requerimento solicitando  informações e esclarecimentos imprescindíveis para o prosseguimento da reunião de apreciação e votação do balanço e da execução orçamentaria  de 2017.

Entenda a importância  desta ação  do FLA+.

Durante a Assembléia do Conselho Deliberativo em que seriam aprovadas as contas do Flamengo referente ao ano de 2017, os conselheiros realizaram inúmeros questionamentos sobre as informações contidas no Balanço. Diante disso, os conselheiros decidiram adiar a reunião, num status de permanente, exigindo que, em nome da transparência, a diretoria respondesse os questionamentos levantados na Assembléia.

Para uma melhor organização em responder tais questionamentos, o diretor financeiro do Flamengo solicitou que os conselheiros as enviassem todas por e-mail.

O FLA+, cumprindo sua missão, protocolou no dia 30/04/18, junto à secretaria geral a relação de requerimentos abaixo.

Conselheiro, junte-se a nós e envie também suas duvidas. Compareça a reunião que continuará no dia 08/05/18 para entender e votar consistentemente em prol do nosso Flamengo.

Seguem nossos questionamentos:

  1. Qual a razão dos seguros não terem sido auditados no balanço? As apólices foram apresentadas para os auditores? Se sim, os auditores aprovaram ou rejeitaram?
  1. Quanto foi investido pelo FLAMENGO com a operação “CONCA”? É verídica a informação de que a operação deveria ser gratuita se ele não entrasse em campo? Que profissional autorizou que ele entrasse em campo sem condições físicas? O VP de Futebol foi consultado sobre essa autorização? O diretor executivo foi consultado? O Médico do FLAMENGO autorizou?

Obs: A resposta a estes quesitos é indispensável, considerando que se for apurado que algum dos profissionais citados foi responsável pela autorização e consequente prejuízo ao Flamengo com esta operação, o mesmo pode ser revertido judicialmente.

  1. Os valores inerentes as despesas da arena Ilha do Urubu não foram até agora apresentados devidamente. Quanto foi gasto com os refletores (compra e instalação)? Quanto foi gasto com as arquibancadas? Quais os demais gastos e qual o valor total? Houve retorno financeiro? Qual o retorno total da arena até hoje? Qual o lucro ou prejuízo verificado?
  1. Qual o valor absoluto e benefícios das ͞obras͟ feitas pelo FLAMENGO para usar o Maracanã? Quanto gastamos para tornar o estádio apto a receber jogos?
  1. Qual o destino da arrecadação pela venda da mansão de São Conrado? Como os recursos foram utilizados?
  1. A verba carimbada em 2016 para reformar a arquibancada da Gávea foi a ela destinada em 2017 em sua integralidade?
  1. Qual é o valor líquido que economizamos ao jogar na Ilha e não no Maracanã (custo x lucro estimado)?
  1. Quanto custou a comissão técnica do Rueda durante o período em que esteve no Flamengo e quanto custa a  atual?
  1. Quantos funcionários tem o departamento de futebol do Flamengo?
  1. Quanto recebeu a comissão técnica do Flamengo de bônus e referente a quais competições (não necessita individualizar por membro da comissão técnica, apenas citar quais cargos estão na divisão)?
  1. Qual o valor pago dos bônus dos atletas e referente a quais competições (não necessita individualizar por atleta)?
  1. Quais as metas esportivas definidas para 2017, e qual o valor de cada bonificação e quem definiu a bonificação?

Falta de transparência inviabiliza votação das contas de 2017

O FLA+ está acompanhando de perto a apuração e votação das contas do Flamengo de 2017!

Julgamos importante que você, conselheiro, sócio e torcedor do Flamengo, saiba como está o processo de aprovação do Balanço Patrimonial e Financeiro de 2017 pelo Conselho Deliberativo do clube. Se você, assim como o Fla +, tem compromisso com a transparência, veja algumas informações que selecionamos para você:

– Durante a reunião do Conselho Deliberativo em que foi apresentado o Balanço de 2017 houve diversos questionamentos, sobretudo o alto valor pago referente aos bônus e gratificações de jogadores e comissão técnica pelas competições que o Flamengo participou, em que pese o resultado esportivo não estar condizente com as tradições rubro-negras de VENCER, VENCER, VENCER;

– Foi questionado o fato de que a cada ano o Flamengo paga mais juros que no ano anterior referente a financiamentos, empréstimos e impostos, o que demonstraria um aumento do endividamento e não uma redução.

– Um conselheiro havia apurado que a forma como fora lançada a execução do contrato da operação “morro da viúva” não condizia com o que fora aprovado pelo conselho na época. Tal afirmação embasada em provas desconsertou muitos dos presentes e a ressalva feita pelo conselheiro foi imediatamente inserida.

– Os debates e os questionamentos foram tantos que Rodrigo Dunshee, presidente do Conselho Deliberativo, colocou em votação e o plenário decidiu colocar a reunião em permanente, ou seja, sem finalizar exigindo que a diretoria adequasse o balanço e respondesse todos os questionamentos. A reunião deverá continuar na próxima semana após o feriado;

– Nos bastidores, comenta-se que as intervenções de Marcos Braz, Marcello Faulhaber e Lysias Itapicuru foram decisivas na avaliação dos números das contas do Flamengo em 2017. Tais rubro-negros fizeram valer a máxima que diz “ISSO AQUI É FLAMENGO!”.

Apreciação do balanço 2017

O FLA+ se reuniu na noite desta terça-feira, dia 24, com a equipe financeira do Flamengo para discutir o balanço financeiro e patrimonial do exercício do ano de 2017 e que será votado para sua aprovação na próxima quinta-feira, dia 26.

Estavam presentes Marcelo Haddad, VP de Planejamento, Marcio Garotti, diretor financeiro, o contador do Flamengo e representantes Mazars Cabrera, empresa que audita os balanços do clube.

A reunião foi marcada pela transparência. Todos os questionamentos realizados foram respondidos e embasados por documentos comprobatórios tais como normas internacionais e nacionais, contratos, demonstrativos, etc. Também foi projetada uma apresentação que será utilizada para a ilustração do balanço que será submetido à assembleia de votação.

Alguns questionamentos realizados e suas respectivas respostas poderiam causar impacto negativo ao Flamengo, haja vista a sensibilidade das informações e por isso, o FLA+ se reserva ao direito de comunicar as respostas apenas aos seus membros. Contudo, reafirma seu compromisso de continuar cobrando a excelência e boas práticas de gestão da diretoria, a fim de promover uma atuação segura e sem riscos para a instituição Clube de Regatas do Flamengo.

O balanço apresentado está adequado e executado dentro das normas contábeis.

Relevante informar que o dia da reunião coincidiu com o dia do Kick Off (início) do projeto do SAP no Flamengo. Nosso diretor financeiro fez um breve relato do quão bem-sucedido foi o procedimento.

Com o fim do contrato da Golden Goal, a gestão do programa Sócio Torcedor – ST será internalizada e a plataforma SAP Hana (que é um banco de dados completo do projeto SAP) facilitará a gestão do Programa ST.

Abaixo apresentamos as repostas efetuadas aos nossos questionamentos realizados:

1- Qual o valor entrou em caixa no ano de 2017?
R: 585 milhões

2- O Flamengo prevê a captação de recursos de até 40 milhões em empréstimo financeiros para o ano de 2018. Existe algum plano de redução desse valor ou até mesmo zerar essa operação de captação? Qual o real motivo de ainda captarmos recursos em instituições bancárias? Faz sentido pagamos juros estratosféricos no Brasil e realizar empréstimos em bancos de terceira linha? Existe planejamento no fluxo de caixa, para que em dezembro de 2018 o clube disponha de recursos para negociar atletas e pagar despesas sem a necessidade de recursos advindos de empréstimos financeiros e adiantamentos de receitas?

R: Segundo o clube informou, ainda há a necessidade de financiar a dívida em razão dos vencimentos de curto prazo. Os empréstimos financeiros seriam para rolar a dívida. Previsão é de que em 2019 os empréstimos não serão necessários.

3- Qual o valor do pagamento mensal do PROFUT e qual será evolução na parcela?

Pouco mais de 1 milhão por mês, considerando que neste momento a parcela tem 25% (por 2 anos) de desconto, que era de 50% nos dois primeiros anos pós assinatura do PROFUT, e tem redução progressiva. Posteriormente o desconto será de apenas 10% (por mais 2 anos) e depois o valor pago será a integralidade da parcela.

4- Qual o motivo de não termos dinheiro para contratação em 2018? Gastamos demais na janela do meio do ano de 2017?

R: Há um entendimento de que elenco está numeroso e qualificado e não há necessidade de grandes investimentos.

Obs.: Perguntado se esse entendimento era um parâmetro passado pelo futebol e pelo financeiro, foi dada a seguinte resposta: de todo o Conselho Diretor.

5- Mesmo após bons resultados financeiros, por que o investimento em contratação e salários foi reduzido para o ano de 2018?

R: Quanto a investimentos, foi respondido acima. Com relação à folha de pagamentos, a redução se deu em razão da saída do custo das luvas do Vinicius Junior, uma vez que foram pagas em 2017.

6- Qual a expectativa dos balanços serem auditados por alguma Big 4?

R: Auditagem por uma Big 4 foi um fato minimizado. Afirmou que estão satisfeitos com a Mazars e que não será uma auditagem da Big 4 que irá melhorar a imagem do clube. Além disso, não acreditamos que uma BIG 4 se interesse em auditar um clube de futebol.

Obs: O Fla+ Informou que essa expectativa de auditagem foi criada pela própria atual diretoria que em diversas vezes manifestou desejo de ser auditado por uma Big 4, e que isso inclusive foi argumento quando da aprovação do investimento na implantação do SAP.

Resposta: Estamos felizes em terem condições para uma auditoria Big 4, mas que os benefícios seriam poucos, equivalente a uma certificação ISO.

7- Qual a função de Alexandre Rangel, que se intitula sócio da EY e que, ao mesmo tempo, presta consultoria para o clube?

R: De forma geral a EY atua em dois projetos: É PMO do projeto SAP, com objetivo de dar uma visão de auditagem para que os processos sejam estabelecidos com base em boas práticas, e, em outro projeto, atuam como consultores do projeto de remuneração variável para executivos do clube.

8- Qual a justificativa, inclusive para urgência, na antecipação de receitas da venda do Vizeu, tendo em vista que o pagamento do débito do Cirino já estava em orçamento?

R: Proposta de antecipação da receita da venda do Vizeu para quitar dívida com a Doyen tinha como fundamento a negociação do valor com desconto, por eventual pagamento antecipado, visto que a previsão de desembolso seria no final de 2018.

9- A crise econômica que assola o RJ impacta os patrocínios. Há também a estagnação do projeto Sócio Torcedor – ST. Onde haveria espaço para crescimento de receitas em 2018? Somente em receitas extraordinárias?

R: Estimam que as receitas de ST, patrocínios e premiações de competições serão crescentes.

10- Qual o real tamanho da dívida de um clube com base em seu balanço patrimonial. Qual seria o verdadeiro tamanho da dívida do Flamengo ao final de 2017 e a projeção 2018 diante do fato que existem diversas formas de analisar o endividamento de uma organização? Pro exemplo, o valor do endividamento líquido atual ou o Valor do endividamento bruto?

R: Dívida Bruta: 462,1 milhões – Dívida Líquida: 262,4 Milhões.

11- O balanço de 2016 foi aprovado com a ressalvas do Conselho Fiscal de que deveríamos aguardar uma consulta realizada ao CFC sobre a forma de alocação das luvas e bônus de assinatura. Se a resposta fosse diferente do realizado, deveríamos republicar o balanço. Essa mudança na legislação não é equivalente a esta resposta:

R: Não. O CFC até hoje não respondeu a consulta do Flamengo e por isso não há que se falar em republicar o balanço. A norma que definiu a mudança na alocação das luvas é do IFRS e não do CFC e por isso não se pode afirmar que esse seria o posicionamento do Conselho.

12 – Os bônus ao Departamento Financeiro, aos CEO´s e demais cargos pagos sob o regime anterior de alocação dos recursos não seria uma medida injusta em função de que a mudança da regra mudaria o atingimento de metas?

R: A resposta é não. Mesmo que se decidisse alterar os balanços para a nova realidade das luvas estabelecida pelo IFRS, o que não é uma determinação da norma, fazendo uma analogia, seria a mesma coisa que “tirar a taça de campeão porque no ano seguinte houve mudança na regra do campeonato”. A contratação dos profissionais e respectivas composições dos bônus levou em consideração a realidade na data da contratação. Se a realidade fosse outra, as metas seriam diferentes e também teriam sido atingidas.

13- É possível incluir parte da remuneração da Adidas para as demais modalidades já que elas também expõem a marca?

R: Sobre Royalties do contrato de Adidas foi esclarecido que existem percentuais contabilizados como receitas dos Esportes Olímpicos.

14- Como fica a mudança de legislação em relação às comissões de empresários e seu respectivo lançamento no balanço?

R: Foi esclarecido, quanto a mudança da regra contábil (ITG2003 de 24/11/17) estabelecida pelo IFRS (International Financial Reporting Standards) que estabelece que, a partir de 01/01/2018, as comissões de negociações de jogadores passem a ser registradas como investimento e não mais como custo.