FLA+ se reúne com vice presidente de futebol, Flávio Godinho
Membros do FLA+ se reuniram com o vice-presidente de futebol, Flávio Godinho. A reunião, realizada no dia 13 de julho, abordou todos os principais temas da pasta da VP de Futebol do Flamengo.
Pedido um breve resumo sobre como estava a pasta quando assumiu e quais mudanças implementou, o vice presidente afirmou ter mantido a gestão profissional do futebol e informou que uma de suas primeiras medidas foi pôr fim ao “Conselho Gestor do Futebol”. Ele entendia que todas as decisões deveriam ser tomadas por ele e pelo diretor contratado e que ele não precisa de um conselho predefinido para debater sua pasta, pois, entende por debate, algo mais amplo com todos que desejarem contribuir.
- Planejamento
Questionado sobre quem é o responsável pelo planejamento, foi categórico ao dizer que ele e o diretor Rodrigo Caetano são os corresponsáveis pelo planejamento, dividindo tarefas em sua execução, sendo de Rodrigo, a responsabilidade de avaliar o elenco para o planejamento da pré-temporada.
Se considera ter havido falhas no planejamento 2016, em especial quanto a falta de zagueiros no início da temporada, disse que concorda que houve falha mas justificou dizendo que se tratou de uma opção do treinador da época que preferiu reforçar outras posições e havia recusado os zagueiros que lhe foram disponibilizados. Ressaltou que, assim que houve a mudança do treinador, os dois zagueiros apresentados ao antecessor foram contratados.
Sobre o planejamento 2017, disse que está focado no planejamento de 2016/2 e que se o time encaixar no segundo semestre, o planejamento 2017 será muito facilitado. Sobre enxugar elenco para novas contratações, disse que não faz parte dos planos.
Quanto ao planejamento sobre estádios para 2016 x Olimpíadas, disse que já entrou na pasta com o assunto avançado, que havia um excelente projeto de expansão do estádio da Portuguesa na Ilha pelo valor de R$25MM com créditos de ICMS, contudo o poder público deu para trás e o Flamengo decidiu não investir recursos próprios nem realizar uma reforma mais barata como outro clube fez com estruturas provisórias.
No entender dele, poderiam ter buscado uma solução intermediária, mas já não era mais possível quando interviu. A respeito da pré-temporada fora do Brasil, entende que esse período deve prioritariamente servir para preparar o elenco e ele prefere uma imersão com foco total em treinamento. Se sobrar tempo ou a viagem não atrapalhar a preparação, ele não se opõe.
Quanto a criação de um “padrão Flamengo”, imutável e que independa dos caprichos do treinador, afirmou que isso já ocorre no quesito operacional (equipe fixa pertencente ao Flamengo e que não varia conforme mudança de técnico), mas, quanto ao esquema (ofensivo, jogar para a frente sempre) isso deve ser flexibilizado conforme o plantel.
- Contratações
Sobre as muitas contratações da atual gestão e dos vultosos gastos com jogadores que são banco (R$20MM em Mancuellho e Cuelar), disse que quem escala é o treinador e que um elenco bem montado não tem apenas 11 jogadores e que sim, faltou dinheiro para contratações mais ousadas.
Questionado sobre o critério para a contratação de Fernandinho mesmo tendo inúmeros jogadores na posição, afirmou que foi opção do treinador da época que queria um jogador com as mesmas características do Sheik, que sabia que não tinha idade para estar sempre em campo mas para o esquema funcionar precisaria de um substituto que “incendiasse” o jogo e ditasse o ritmo da partida.
Sobre o orçamento 2016 estar estourado para novas contratações, afirmou que já há em vista uma reunião com o conselho para ajustar essa questão.
- Equipe Profissional
Indagado do motivo do Flamengo ser TOP 5 da Adidas no papel mas não em venda de camisas, não soube responder. Ligou para um profissional do Marketing que informou que em número de venda de camisas somos iguais aos demais TOP5, contudo, na conversão de moeda, financeiramente estamos muito atrás pela desvantagem do Real.
Colocou-se disponível para dar mais explicações e dados e pediu para ser cobrado por e-mail para passar essas informações.
Explicou o organograma do futebol e as funções de cada envolvido:
Fred Luz – CEO do Flamengo envolvido direta ou indiretamente em todos os assuntos.
Flavio Godinho – Vice-presidente responsável pela pasta que cuida do Planejamento e ajuda na execução.
Rodrigo Caetano – Diretor profissional que ajuda no planejamento e cuida da execução.
Fernando Gonçalves – Contratado para um trabalho pontual de montagem do centro de excelência, mas auxilia no trabalho psicológico dos atletas.
Mozer – Deveria ser apenas um comandante fora de campo para os atletas, mas se mostrou muito mais capaz. Hoje é um braço do treinador, do diretor e exerce inúmeras outras funções como ajudar na preleção, etc.
Noval – É o Rodrigo Caetano da Base.
Sobre a falta de preparo da equipe, especificamente a visível diferença de desempenho de Sheik e Guerreiro que chegaram com um ritmo e depois amoleceram, afirmou que não existe deficiência na preparação física do Flamengo. Disse também que o Centro de Excelência é fantástico e que, se o desempenho dos jogadores caiu foi por uma questão técnica e não física.
Indagado sobre o porquê do Departamento Médico do Flamengo ser a “segunda casa” dos atletas, disse que isso não procede, que desde que assumiu, não há mais aquela sucessão de lesões e que isso é fruto do bom trabalho do Dr. Tanuere.
Sobre a possibilidade de mudar o padrão dos contratos dos atletas para mais prêmios e menos fixo, afirmou que isso só funciona com treinador e que jogador nenhum aceita negociar dessa forma.
Sobre a postura dos atletas e manual de conduta, disse que existe o manual, mas que não foi fator determinante para a melhora da postura dos atletas. A mudança se deu, em grande parte, pela capacidade do Muricy de ganhar o respeito dos atletas que viram a necessidade de mudar a postura.
A respeito da folga de quatro dias concedida após a goleada sofrida para o Corinthians, disse que esse já era o planejamento e que o resultado do jogo não pode definir uma mudança do planejamento.
Questionado sobre a efetivação do treinador Zé Ricardo, disse que já é efetivo, mas não iria anunciar a efetivação para não pressioná-lo e que iria aguardar. Cabe esclarecer que, menos de 24 horas após esta afirmativa, foi divulgada para a imprensa a efetivação do treinador.
- Divisão de Base
Perguntado sobre a transição da base para o profissional, afirmou que Noval é o responsável por isso. Ao ser informado que um jogador irá subir, ele intensifica e modifica o padrão de treinamento do atleta para adaptá-lo com a nova rotina. Hoje, no elenco profissional existem 8 atletas da base adaptados e preparados para exercer a função.
Sobre a situação do futsal, informou que hoje ele se encontra subordinado à base do futebol do Flamengo sob a supervisão do Noval e que o foco são os garotos entre 11 e 13 anos para levar para o campo.
Sobre a perda de talentos para o Fluminense que “rouba” atletas com salário mínimo e os vende depois por milhões, disse que vai estudar como fazer e pediu uma relação de nomes, além dos citados, para analisar caso a caso.
- Estádio para 2016
Disse que deveríamos aguardar para ver como se comportaria a arena da ilha, mas deu como possível solução o estádio de Edson Passos em parceria com o clube de laranjeiras.
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