O Flamengo não pode esperar até que decidam ter responsabilidade

CulpaA FLA+ vem através desta nota manifestar sua estranheza com a carta divulgada pelo grupo político que hoje administra o Clube de Regatas do Flamengo.

A FLA+ se preocupa com um cenário que reúne vergonhas inéditas no futebol, o rombo orçamentário e captação de empréstimos no banco do VP de Finanças, a degradação do manto sagrado através de permutas pontuais de baixo valor, as más condições do Fla-Gávea, as promessas não cumpridas relacionadas a Arena McFla e a Piscina Myrtha, o inacreditável desmonte do Remo, dentre outras. Tal preocupação se multiplica quando vemos os responsáveis pela atual administração se distanciarem do problema e soltarem Notas Oficiais com críticas ao futebol.

Soa como inacreditável a tentativa de se desvincular de um processo que tem levado nosso clube a um cenário tão crítico. O momento atual exige liderança corajosa e com capacidade para corrigir os rumos. Omissão, falta de comando e apatia não serão mais tolerados pela Nação Rubro-Negra.

As expectativas criadas e as promessas feitas durante a campanha, que resultou na eleição do atual grupo de gestores, são de total responsabilidade dos mesmos.


Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje

Abraham Lincoln


Ainda em 2015, quando nos últimos 3 meses o ano, o endividamento líquido cresceu 18 milhões, foi apresentada em orçamento para 2016, ano de crise aguda, uma previsão de receitas de 425 milhões. Mesmo contra todos os prognósticos, afirmavam ser uma previsão verdadeira.

Já em 2016, pudemos assistir ao descumprimento de algumas promessas como a reformulação do elenco, a construção da Arena McFla, a entrega em fevereiro da Piscina Myrtha, a contratação de reforços de peso para o Futebol, sem contar com incapacidade de viabilizar local para atuar em 2016, durante fechamento do Maracanã e Engenhão.

Bandeira prometeu jogar o campeonato Carioca com time alternativo, mas não cumpriu. Iria priorizar a Primeira Liga, mas foi eliminado ao jogar sem seis titulares.

Mesmo parcelando o pagamento pelas novas contratações, o Flamengo estourou o orçamento neste início de ano e precisou neste mês pedir autorização para gastar mais 8 milhões em contratações.

Mas a gota d’água que estremeceu decisivamente a relação Bandeira de Mello e a Nação foi o aceite do convite feito pela CBF para chefiar a delegação brasileira na Copa América.

Ao final de fevereiro deste ano, o Flamengo emitiu dura nota de repudio contra a CBF, onde chega a acusar a existência de forças obscuras responsáveis pelas medidas tomadas pela entidade.

Pouco mais de dois meses depois da referida nota, o Presidente do Flamengo aceita convite para chefiar a delegação brasileira na Copa América.

O momento é o menos oportuno possível visto que o Flamengo vive uma crise sem precedentes, em especial dentro das 4 linhas. A apatia dos jogadores dentro de campo é notória, chega a ser berrante. Não vemos cobrança entre os jogadores muito menos doação, a raça e a vontade que sempre marcaram o FLAMENGO passa longe dessa equipe atual. Nem seus altos salários em dia os motiva, tal falta de motivação e morbidade dentro de campo provoca uma notável falta de sinergia torcida/time, puro reflexo da falta de comando no departamento de futebol. Mas vale citar o paradoxo sem fim, uma das maiores folhas salariais do país, acumula um dos piores desempenhos da nossa trajetória vitoriosa no futebol.

Em situação similar, a Presidente Patrícia Amorim recusou a oferta da CBF para que ela chefiasse a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos em 2012 alegando que “não poderia ficar ausente do Flamengo, sua prioridade, por 30 dias”.

Enquanto a pressão aumenta para cima da Diretoria de Futebol, o Presidente está de malas prontas para os Estados Unidos a convite daqueles considerados autoritários e obscuros, e o técnico interino demonstra gostar do rendimento do time.

A Nação cobra mudanças no futebol, e a crise institucional fica evidente. Discussões entre os poderes extrapolam os muros da Gávea e ganham as manchetes de jornais.

Grupos políticos do Flamengo, inclusive da base de apoio do Presidente Bandeira realizam protestos na Gávea, mas a ostentação e os privilégios continuam, como a compra de carro de luxo para ficar à disposição do presidente Bandeira.

A falta de liderança na presidência se torna cada vez mais consenso entre os associados do clube.

O Marketing vai mal e o Manto Sagrado segue sendo desvalorizado, primeiro como contrapartida para recebimento de colchões e depois como troca por serviços de internet.

Nossos adversários perdem o respeito e ganham a preferência de jogadores, se aproveitando da fraqueza que o Flamengo vem demonstrando.

A FLA+ mantém sua postura de apresentar propostas concretas para a defesa do Patrimônio Rubro-Negro e o resgate de seu DNA vencedor. Foi assim durante nossa atuação durante a eleição do Conselho Fiscal, em nossa proposta de emenda ao estatuto, no capítulo do Conselho de Grandes-Beneméritos,   nas propostas para o Programa Anjo da Guarda,  em nossa contribuição ao debate sobre o contrato dos direitos de transmissão, com nosso posicionamento sobre o Distrato com a REX e a retomada do Edifício Hilton Santos, no Morro da Viúva, e em requerimento ao Conselho Fiscal que resultou em ajuste no parecer sobre operação financeira junto ao Banco onde o VP Financeiro atua em cargo de gerência.

Qual seria o objetivo de uma carta pública da própria situação, que elegeu o presidente e tem mandato em diversas Vice Presidências, criticando a própria gestão e exigindo atitudes de si própria?

A FLA+ exige que o grupo político da atual administração assuma sua responsabilidade por um dos piores momentos do Flamengo em 120 anos e explique para a Nação Rubro-Negra as ações que serão tomadas e os respectivos prazos para revertermos a situação.

A FLA+, como tem sido desde sua fundação, estará dando total apoio a qualquer iniciativa que eleve o nome do Flamengo.

 

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